Destaque da WNBA, Kamilla Cardoso elogia técnica da seleção brasileira: "Vai fazer um trabalho maravilhoso" 4m4w15

Pokey Chatman, norte-americana, assumiu o cargo como comandante da seleção brasileira de basquete no final de 2024 5f2x5o

Publicado em: 03/05/2025 | GLOBOESPORTE.COM / REDAçãO DO GE 918


Kamilla Cardoso, eleita uma das melhores calouras da temporada de 2024 pela WNBA, é o principal destaque do basquete feminino brasileiro no cenário internacional. De olho na seleção, a pivô do Chicago Sky não poupou elogios a Pokey Chatman, treinadora que assumiu o posto de comandante do Brasil no fim do ano ado.

Em entrevista à imprensa brasileira na sexta-feira (02), Kamilla afirmou que a experiência da americana na WNBA será valiosa para as atletas da seleção canarinho.

– Eu estou muito feliz pela Pokey. Eu acho que ela vai fazer um trabalho maravilhoso com a nossa seleção. Só de ter a experiência de uma treinadora da WNBA, sei que ela vai fazer um trabalho maravilhoso. Vai nos ajudar a irmos pra frente. A gente conversou pouco, porque eu estava na China quando ela entrou no cargo. Mas, eu a conheço muito bem e estou muito feliz por ela estar entrando. Espero conversar muito com ela. Estou interessada em saber tudo, como ela está se sentindo e em como ela pensa melhorar a seleção.

Pokey Chatman assumiu o cargo de comandante da seleção brasileira em dezembro de 2024. No início de sua carreira, a norte-americana ou os primeiros 20 anos da sua vida adulta como jogadora na LSU (Universidade do Estado da Luisiana), onde foi All American e está no Hall da Fama da Universidade. Como treinadora principal interina, Chatman levou as Tigers a três Final Four da NCAA consecutivos em 2004, 2005 e 2006.

Ao ser anunciada para o posto, a técnica afirmou que o sonho era restaurar a seleção brasileira e tornar o Brasil um dos países mais relevantes no cenário mundial, sendo o principal objetivo, o sucesso em Los Angeles 2028. Kamilla Cardoso, vista como uma das líderes desta geração, também é otimista.

– Eu acho que o Brasil ficou com o mesmo time por muito tempo sem ter conseguido muitos resultados. Então, trazer novas meninas para a seleção e uma treinadora nova, vai ser muito legal para o futuro. Sou brasileira, acredito que o nosso futuro é promissor. A gente pode chegar muito longe com essas mudanças.

O basquete feminino do Brasil não vence uma medalha olímpica há 25 anos. Em Sydney 2000, a seleção faturou o bronze ao vencer a Coreia do Sul por 84 a 73. A conquista ficou em um ado distante - o cenário tem sido diferente nas últimas edições dos Jogos. Entretanto, Kamilla sonha com a recuperação do protagonismo do seu país na modalidade e afirma que o interesse voltou a crescer.

– Na minha opinião, muita gente não assistia à seleção e ao basquete feminino brasileiro. E agora, quando tem jogo, todo mundo me manda mensagem: “Kamilla, onde eu posso assistir? Estou muito feliz em assistir a seleção.' Então, eu acho que o basquete feminino brasileiro está crescendo, e as pessoas estão pegando mais interesse em assistir e apoiar.

Apesar de ainda ter 24 anos, a mineira é reconhecida como uma figura de liderança no elenco. Após ser nomeada uma das melhores calouras da temporada de 2024 pela WNBA, Kamilla Cardoso ou um período atuando na China durante as férias. A brasileira foi eleita a melhor jogadora estrangeira da Liga Chinesa de Basquete Feminino (WCBA), com uma média de 20 pontos por partida. A bagagem no exterior é vista pela atleta como algo positivo, especialmente, se for nos Estados Unidos.

– Essas meninas trabalham muito duro para estar aqui (nos Estados Unidos). Estamos no caminho certo, em questão de vir para cá, para tentar um High School, um College, para chegar na WNBA. Eu tento sempre estar em contato. O caminho que elas estão percorrendo agora, eu já ei e cheguei aonde eu cheguei.

Embora ainda seja conhecida neste nicho, Kamilla ainda não é um nome de projeção para o grande público. Ela, porém, vibra com o carinho que recebe dos compatriotas que acompanham sua iniciante carreira.

– Para mim, isso é uma honra. Entrei na seleção faz pouco tempo, então é muito importante ver a quantidade de brasileiros que me apoiam, que torcem por mim e acreditam no meu potencial. ei a maior parte do meu tempo jogando nos Estados Unidos, nunca joguei muito no Brasil. Mas, saber que eu tenho pessoas no Brasil que ainda me apoiam e acreditam no meu potencial e no da seleção, é muito importante para mim. Isso me deixa muito feliz.

Na sexta-feira (2), Kamilla vivenciou uma situação inusitada. Defendendo o Chicago Sky em uma partida amistosa, na Universidade do Estado de Louisiana, nos Estados Unidos, ela enfrentou - por não poder jogar contra seu próprio time - a seleção brasileira. Ao fim da partida, vencida pelo Chicago por 89 a 62, ela posou para fotos com as compatriotas. No domingo, o Brasil entrará em quadra novamente diante do Indiana Fever, em Iowa City.



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