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Marcha fúnebre e Rocky Balboa: charanga viraliza ao zoar jogadores; assista 1a3h3j
Vídeo da partida entre Itabirito e Cascavel, pela Série D do Brasileiro, fez sucesso nas redes 3u4q6e
Publicado em: 09/06/2025 | GLOBOESPORTE.COM / PEDRO SPINELLI 2g5p6t
Estádio e torcida raiz. A charanga do Itabirito tem sido criativa durante os jogos da equipe. Alguns dos temas de marchas são a fúnebre e Rocky Balboa. Durante a partida entre o Gato do Mato e Cascavel, pelo Campeonato Brasileiro da Série D, a banda viralizou nas redes.
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Quando o Gato do Mato surgiu, em 2022, uma banda nasceu junto. Em seguida, a charanga também foi criada e, agora, está tomando conta das redes sociais. A criatividade sai da cabeça de Vanilton de Assis, líder dos charangueiros, e da equipe bem-humorada.
- Foi nesse campo do Esperança (casa do time), em Itabira, que, em uma partida que estávamos tocando, tinha jogadores toda hora caindo, e eu tive a ideia ali de fazer uma homenagem pra ele. Até pra ele levantar logo, pra dar continuidade no jogo. Comecei a tocar a marcha fúnebre. Depois, em um jogo em Belo Horizonte, no Independência, rolou uma confusãozinha dentro de campo, aí eu tive a ideia de tocar o rock! E o negócio pegou. Em todos os jogos, a gente sempre procura estar ligado e tocando as músicas que 'caiu' na boca da galera. Caiu no gosto mesmo. Tudo improviso, não tem nada ensaiado."
"Temos bastante músicas. Nosso repertório é bem diversificado. A gente tá sempre ligado no que acontece dentro de campo pra que a gente procure uma música pra adaptar naquele momento do jogo. Por exemplo, se o juiz cometer uma gafe lá, nós temos uma música pro juiz, do Bezerra da Silva. Se gritar pega ladrão! Quando o jogador sai contundido na maca, nós temos a valsa de despedida também. A gente toca pra eles."
Nem sempre os adversários levam a zoeira na boa. Tem adversário que já se irritou com as homenagens. Mas o efeito que Vanilton esperava, está acontecendo: os jogadores ficam menos no chão.
- (Os adversários) já perceberam. Principalmente aquele que tá caído, fazendo a famosa cera. Ele fica esperto para levantar logo. A marcha fúnebre é só para o adversário. O rock é a confusão que estiver rolando.
"A charanga incomoda, principalmente, o goleiro adversário. A gente fica bem atrás, se o jogo é aqui no Esperança, a gente procura ficar bem atrás do goleiro adversário pra deixar ele desnorteado. Para o Itabirito ter mais oportunidade de fazer gol."
A charanga viralizou após a postagem de uma página de futebol nas redes sociais e correu o Brasil, fazendo a alegria dos integrantes da Charanga.
- Postaram o vídeo e aí que eu entrei e vi que o negócio estava bombando. Já tinha viralizado. ei para a galera, nós temos um grupo com a banda. Fiquei satisfeito. Embora seja um momento de descontração, caiu no gosto da galera. O nosso Instagram, que tinha pouquinho seguidores, logo depois bombou. Não só em Itabirito. Agora no Brasil inteiro. Talvez, quem sabe, no mundo - comemorou Vanilton.
Viralizou nas redes!
O vídeo que viralizou nas redes sociais foi postado pelo advogado Léo Lung, que tem uma página de futebol para mostrar o "lado b" do esporte. Com isso, ele tenta mostrar o futebol raiz, como nos anos 80. Diferentemente da maioria, que estava assistindo a final da Liga dos Campeões, Léo foi ao jogo do Itabirito e acabou surpreendido.
- Estava recebendo um amigo em Belo Horizonte e fui conhecer o estádio do Vila Nova, Castor Cifuentes, onde o Itabirito mandou um jogo pela Série D, coincidentemente no mesmo horário. Fomos na contramão do habitual. A gente foi assistir Itabirito enquanto todo mundo estava assistindo PSG e Inter de Milão.
"A ideia é que a gente pudesse mostrar um estádio onde não tinha reconhecimento facial para entrar, onde tinha uma boa comida, feijão tropeiro que têm em Minas Gerais. E poder viver a experiência da arquibancada como era lá nos anos 90, anos 80."
As músicas inusitadas deram o charme para aquela visita para conhecer um estádio histórico de Minas Gerais.
- Parecia uma sonoplastia do jogo. Então, a torcida tocava marcha fúnebre toda vez que um jogador lesionava. Tocava o tema do Rocky Balboa quando tinha confusão. Uma vez que a gente vê tanto caso de violência no estádio, a gente acha que futebol é isso: diversão. Foi divertido para a banda, até para os próprios jogadores que são profissionais. Dentro de campo eles davam risadas. É um clima bacana que a gente quer ver nos estádios do Brasil.