Geral 5a3y5o
“Desesperador”, diz adolescente que brigou com assaltante no Aero Rancho 2e1n
Mulher estava com comparsa de moto; moradores relatam assaltos constantes 6kv5z
Publicado em: 06/06/2025 | DAYENE PAZ E BRUNA MARQUES / CAMPO GRANDE NEWS 381714
Por volta das 6h da manhã desta quinta-feira (6), a rotina de uma adolescente de 16 anos virou cena de terror na esquina das ruas Filipinas e Aero Rancho, em Campo Grande. A caminho da escola, acompanhada dos irmãos menores, de 11 e 9 anos, a jovem foi assaltada por um casal de moto. Ela reagiu, chegou a brigar com a autora, e os assaltantes fugiram sem nada.
RESUMO
Nossa ferramenta de IA resume a notícia para você!
Uma adolescente de 16 anos viveu um momento de terror ao ser abordada por um casal de assaltantes em Campo Grande, enquanto levava os irmãos para a escola. A jovem reagiu ao assalto, o que fez com que os criminosos fugissem sem levar nada. Apesar de não ter se ferido, ela sofreu uma crise de ansiedade e não conseguiu ir à escola. O incidente destaca a crescente insegurança enfrentada por crianças e adolescentes em áreas periféricas da cidade. Moradores relatam experiências semelhantes e pedem maior fiscalização policial nas proximidades das escolas, evidenciando a necessidade de medidas de segurança mais eficazes na região.
A garota contou ao Campo Grande News que viu o momento em que a ageira desceu da moto, caminhou até ela e os irmãos, mostrando a arma na cintura e anunciando o assalto. “Ela olhava pros lados, eu achei estranho, e do nada veio na minha direção. Mostrou a arma e falou: 'É um assalto, se você gritar, eu atiro em você’', contou a estudante.
Num impulso, ela recuou. Jogou o copo de água que carregava contra a parede e segurou o celular contra a barriga, tentando proteger o aparelho que usa para avisar a mãe que chegou bem à escola. “Alguma coisa dentro de mim falou pra eu não entregar o celular. Foi desesperador', lembra.
A movimentação de pessoas na rua parece ter assustado a criminosa, que correu de volta para a moto onde o comparsa aguardava. Os dois fugiram sem levar nada.
Mesmo sem ferimentos, o trauma ficou. A jovem teve uma crise de ansiedade no mesmo instante e não conseguiu parar de chorar. “Minha mãe pediu pra vizinha ficar com a gente, eu não tinha cabeça para ir na escola. Tinha prova de três matérias, não consegui fazer nenhuma', disse.
A adolescente sai cedo de casa com os irmãos, enquanto a mãe já está no trabalho. Desde pequena, a vizinha cuida das crianças quando necessário. “É uma rotina simples, só quero estudar em paz. Mas hoje eu fiquei com muito medo'.
O caso levanta mais uma vez o alerta sobre a insegurança enfrentada diariamente por crianças e adolescentes em bairros periféricos da Capital. A cabeleireira Maria de Fátima, de 61 anos, contou que já foi assaltada três vezes. 'Toda vez foi celular. Eu acho que tinha que ter uma fiscalização da polícia no horário de entrada e saída da escola', diz a mulher.
Uma comerciante escutou os gritos da adolescente. 'Meu marido saiu aqui fora e a mulher saiu correndo. Na hora que precisa não tem ninguém. Meu comércio fica com grade para evitar os assaltos. Antes era aberto, mas depois de três assaltos colocamos grade', diz.
Vale lembrar que a orientação da polícia é nunca reagir a assaltos. O caso acima não teve desfecho trágico, mas reagir nessas horas tem consequências sérias e, ainda, fatais.
Receba as principais notícias do Estado pelo Whats. Clique aqui para ar o canal do Campo Grande News e siga nossas redes sociais.