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Finalistas recentes, PSG e Inter fizeram caminhos opostos para atingir nova decisão de Champions 6c6d5l
Paris Saint-Germain foi vice em 2020, derrotado pelo Bayern, enquanto Inter de Milão perdeu final para o Manchester City, em 2023. Veja diferentes estratégias para voltarem a disputar troféu 3s1j5y
Publicado em: 31/05/2025 | GLOBOESPORTE.COM / CAíQUE ANDRADE 3b5m66
Paris Saint-Germain e Internazionale de Milão se enfrentam, neste sábado, na grande final da Champions League 2024/25, a partir das 16h (de Brasília). O ge acompanha o duelo em tempo real. As duas equipes disputaram - e perderam - decisões de Liga dos Campeões em anos recentes. Enquanto o PSG foi vice para o Bayern, em 2020, a Inter foi derrotada pelo Manchester City, na decisão de 2023.
As duas equipes traçaram estratégias completamente diferentes para conseguirem voltar ao principal duelo da Champions. Finalista mais recente, há dois anos, o time italiano manteve a base. Oito dos titulares da partida contra o City seguem na equipe. Já o PSG revolucionou totalmente o projeto e mantém apenas Marquinhos dos que entraram em campo na partida decisiva de 2020.
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A evolução da Inter de Milão
Quando enfrentou o Manchester City na final da Liga dos Campeões 22/23, a Inter de Milão chegava com status de "azarão". O time inglês era a grande sensação do torneio, tendo atropelado o Leipzig nas oitavas e ado pelos também favoritos Bayern, nas quartas, e Real Madrid, nas semifinais. Já a Inter tinha enfrentado no mata-mata adversários menos poderosos (Porto, Benfica e Milan).
Apesar de a Internazionale ter feito um jogo bem equilibrado contra o City, tendo até possibilidades de sair vitoriosa, aconteceu o que se imaginava, e o time de Pep Guardiola conquistou aquela Champions. Em 2025 o cenário é diferente. É uma sequência de um trabalho que só evoluiu no futebol apresentado.
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Diferente de gigantes da Inglaterra e da Espanha e de outros milionários, como PSG e Bayern de Munique, a Inter de Milão não tem uma receita tão grande. Em recente levantamento feito pelo Football Benchmark Group, o time francês apareceu com um valor de £ 3,13 bilhões (R$ 24 bilhões), mais que o dobro dos £ 1,43 (R$ 11 bilhões) que vale a Inter.
Daí vem a grande importância de que a equipe italiana seja criativa e não cometa erros no mercado de transferências. E isso vem acontecendo. Tanto que, nos últimos anos, o PSG gastou quase quatro vezes mais nas contratações do que a Internazionale. E nomes cruciais do atual time chegaram com baixos investimentos, como o goleiro Sommer, por 6 milhões de euros (R$ 32 milhões), e o atacante Marcus Thuram, em fim de contrato.
Além de contratar certo, a manutenção da base forte também foi importante. Sete dos titulares da Inter na decisão de 2023, são praticamente certos no 11 inicial deste sábado. Todos os fatores citados acima dão a Simone Inzaghi a estrutura suficiente para fazer o ótimo trabalho que faz.
Em sua quarta temporada na Inter de Milão ele faz o time chegar à sua versão mais equilibrada. Inicialmente, a equipe de Inzaghi era reconhecidamente forte na defesa, mas não chegava a brilhar na parte ofensiva.
Este ano, depois de impressionar com apenas um gol sofrido na fase de liga, e chegar às semifinais tendo sido vazado cinco vezes em 12 jogos no torneio, a Inter foi capaz de fazer sete gols em duas partidas contra encantador Barcelona. Se compararmos os números da temporada 2022/23 com os da atual, vemos como Inzaghi conseguiu fazer uma equipe mais letal no ataque, mesmo mantendo a solidez defensiva.
A revolução no PSG
Como era o mundo na única vez em que o PSG disputou uma final de Champions? Não faz tanto tempo, mas a situação era muito diferente da atual. O mundo ainda enfrentava o ápice da pandemia da Covid-19. Com arquibancadas vazias, o Paris Saint-Germain de Neymar, Mbappé, Di María e companhia perdia por 1 a 0 para o Bayern de Munique.
De lá para cá, muita coisa mudou, o zagueiro Marquinhos é o único daquele time de 2020 que segue como titular. O zagueiro Kimpembé é o outro remanescente no elenco, mas, sofrendo com problemas físicos, fez apenas 20 jogos nas últimas três temporadas.
A mudança no PSG não aconteceu de imediato. Um ano depois daquela decisão de Champions, o clube intensificava ainda mais sua estratégia de investir em estrelas, contratando Lionel Messi e Sergio Ramos, além de Hakimi, Donnarumma e Wijnaldum, numa das janelas de transferências mais agressivas da história do futebol.
Os dois nomes mais badalados não duraram muito tempo em Paris. E os que já estavam antes disso, como Neymar, Mbappé e Verratti, entre outros, foram saindo aos poucos, numa mudança de rumo idealizada pelo dono do clube, Nasser Al-Khelaifi.
Este plano foi projetado pelo diretor Luís Campos, que substituiu o brasileiro Leonardo no cargo, em junho de 2022, e executado pelo técnico Luis Enrique, que assumiu o comando da equipe em 2023.
Apesar de se livrar rapidamente de nomes consagrados para apostar em atletas mais jovens, o presidente do PSG tinha como ideia inicial que Kylian Mbappé liderasse o novo projeto. No entanto, além da vontade do astro francês de jogar no Real Madrid, Luis Enrique percebeu que seu trabalho teria mais êxito com jogadores de maior perfil trabalhador e menos estrelismo.
Por isso mesmo, ainda com Mbappé no elenco, o treinador começou a substituí-lo mais vezes, e preparar a equipe sem ele. Já na temporada ada, o técnico espanhol adiantava que seu time evoluiria sem o Camisa 10 da seleção sa. E, em entrevista recente, ele reforçou o pensamento.
— Fui muito corajoso na temporada ada quando disse que teríamos um ataque melhor e uma defesa melhor. Continuo dizendo isso e os números confirmam. Todo mundo queria Mbappé, mas a equipe está respondendo positivamente, em um nível espetacular — disse Luis Enrique.
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Liverpool e Barcelona eram os grandes favoritos ao fim da fase de liga da Champions. Por terem as melhores campanhas até então, e também por demonstrarem apresentações de mais alto nível na temporada.
Além de toda regularidade de PSG e Inter na Liga dos Campeões até a final, as classificações sobre os dois times citados acima evidenciam como os dois trabalhos, mesmo que totalmente distintos, tenham sido muito bem sucedidos para que ses e italianos pudessem voltar à decisão.