“Não servem nem pra ser catadores de lixo”: pais denunciam professor por coação 5k5237

Um aluno gravou áudios das aulas como prova das ofensas, mas foi repreendido por outros funcionários da escola 2o5f26

Publicado em: 28/05/2025 | BRUNA MARQUES / CAMPO GRANDE NEWS 2q572s


Aluno sentado na entrada da escola onde professor da aula (Foto: Henrique Kawaminami)

A frase dita por um professor de língua portuguesa a alunos do 7º ano de uma escola municipal no conjunto residencial Mata do Jacinto, em Campo Grande, acendeu o alerta entre os pais e culminou em uma série de denúncias formais por maus-tratos, humilhações e coação psicológica contra crianças. “Não servem nem pra ser catadores de lixo', teria dito o educador, segundo relato de um dos estudantes à família.

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A partir desse episódio, a situação ganhou proporções maiores, resultando em boletins de ocorrência e pedido de medida protetiva. O caso foi registrado na DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) nesta terça-feira (27), por volta das 18h, por uma mãe de 36 anos, instrumentadora cirúrgica, cujo filho de 12 anos é uma das vítimas.

No boletim, ela afirma que desde o início do ano letivo, o professor tem destratado o menino com ofensas como “imbecil', “inútil' e “não vai ser ninguém na vida'.

Preocupada com o abalo emocional do filho, a mãe o orientou a gravar as aulas como forma de reunir provas. O áudio, entregue à polícia em um pendrive, mostra o educador ofendendo os alunos. Após a gravação vir à tona, o menino teria sido coagido por uma professora substituta e uma auxiliar de sala, que o repreenderam publicamente por ter registrado os abusos. Ele chegou a escrever um bilhete explicando por que gravou o áudio, entregue à auxiliar.

Além disso, os pais relataram que já haviam feito reclamações à direção da escola e formalizado denúncia à Semed (Secretaria Municipal de Educação).

“Não é a primeira vez que isso acontece. Há anos esse professor tem comportamentos agressivos e constrangedores com as crianças. Não entendemos por que continua em sala de aula', disse a mãe de outro aluno, de 33 anos, que também preferiu não se identificar.

A denúncia também menciona que o professor frequentemente a um conteúdo e cobra outro nas avaliações, dizendo frases como “quero que os alunos se danem'. Outros pais reforçam que os filhos estão emocionalmente abalados e se sentem intimidados com a postura do docente.

A direção da escola informou aos pais que a equipe pedagógica fará uma análise do conteúdo ministrado pelo professor, comparando com o planejamento apresentado, para averiguar os relatos.

A reportagem procurou a Semed por e-mail, mas até o fechamento desta matéria não obteve resposta. Já a delegada titular da DEPCA, Anne Karine Trevizan, declarou que “não vamos nos pronunciar a respeito'.

Os nomes dos pais e alunos foram preservados para garantir a segurança dos envolvidos.

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