A Justiça de Mato Grosso do Sul autorizou a exumação de um corpo para realização de exame de DNA em um processo de investigação de paternidade que tramita desde 2017, em Terenos, a 31 quilômetros de Campo Grande.

O caso envolve uma criança que busca o reconhecimento legal da paternidade de um homem falecido em 2006. Segundo a Defensoria Pública, responsável pela ação, a medida foi autorizada depois que todas as tentativas de confirmação genética com familiares vivos resultaram inconclusivas.

A ação foi iniciada pela mãe da criança quando o menino tinha 11 anos. Desde então, exames realizados com um irmão e dois tios do suposto pai não trouxeram respostas definitivas. 'Sem a possibilidade de reconstrução do perfil genético do falecido, a Justiça considerou a exumação como único caminho para esclarecer o caso', explicou a defensora pública Ester Quintanilha.

O Ministério Público também se manifestou favorável à medida, e o Judiciário entendeu que a busca pela verdade biológica e o direito à identidade da criança justificam a exumação. 'A decisão leva em conta que todos os recursos legais já foram utilizados e que o exame direto é necessário para concluir a ação', reforçou a Defensoria.