Dominado na 1ª etapa, Vasco tem reação tardia no Ceará 6ww5a

Vegetti e Pedro Raul confirmaram o ótimo campeonato que fazem e marcaram os gols da vitória por 2x1 do Vozão 116j4n

Publicado em: 15/04/2025 | GLOBOESPORTE.COM / RODRIGO COUTINHO r1k34


Antes dos jogos de Flamengo e Palmeiras, o Vasco entrou em campo com a esperança de dormir na liderança de campeonato caso vencesse o Ceará no Castelão. Mas certamente neste momento não seria algo fiel à realidade do time, que teve atuação irregular mais uma vez. O Ceará se impôs nos primeiros 45 minutos, abriu vantagem no placar, e tentou jogar em contragolpes no 2º tempo.

O Cruzmaltino foi melhor depois do intervalo, mas não o suficiente para produzir chances em quantidade. Apresentou dificuldades para entrar na área, e só viu sua jogada mais letal funcionar nos acréscimos. Vegetti, como sempre, diminuiu o prejuízo. O argentino divide agora a artilharia da competição com Pedro Raul.

Escalações

Léo Condé teve os retornos de Matheus Bahia e Lucas Mugni. Willian Machado pôde voltar a formar dupla de zaga com Marllon. Fernando Sobral retomou espaço no meio-campo. Lourenço voltou para o banco. Fernandinho seguiu fora e Aylon foi mantido na ponta-esquerda.

Fabio Carille precisou poupar Philippe Coutinho. Payet foi titular. Com os desfalques de Lemos e Tchê Tchê, Lucas Freitas seguiu formando a zaga com João Victor e Paulinho ganhou chance no meio-campo.

O jogo

Depois de dez minutos iniciais de certo equilíbrio e estudo, o Ceará assumiu totalmente as rédeas da partida durante a 1ª etapa. Conseguiu marcar a saída de bola do Vasco com eficiência e impedir os avanços do Gigante da Colina. A única jogada relevante dos cariocas antes do intervalo, foi terminada em um chute de Payet da entrada da área, ainda aos sete minutos. Depois disso, nada aconteceu!

A dificuldade de progressão do Vasco no gramado chamou a atenção. Mugni e Pedro Raul faziam a primeira pressão central nos zagueiros. Aylon e Galeano se adiantavam a medida que o adversário se encaminhava a um e lateral. Paulo Henrique chegou a receber duas vezes nas costas de Aylon, mas Matheus Bahia interrompeu o ataque. Tirando isso, erros e mais erros.

Além da incapacidade de superar a ''pressão alta'' do Vozão, o Vasco mostrava pouco poder para vencer os duelos no meio-campo. Fernando Sobral e Dieguinho engoliram Payet e Paulinho nesse aspecto. Ambos estiveram muito distantes de Hugo Moura, o que facilitou o controle do setor por parte dos donos da casa. Perto da área, Mugni era o jogador mais influente.

O camisa 10 do Alvinegro de Porangabaçu flutuava sempre para o lado da jogada, fugindo do combate mais próximo de Hugo Moura, e se associando rapidamente com os pontas e laterais em progressão. A jogada quase sempre era terminada com um cruzamento para a área. Foram 15 do Ceará em 49 minutos, obviamente buscando a presença de Pedro Raul em grande fase.

O centroavante conseguia se antecipar ou desvencilhar da dupla de zaga vascaína, mas não encontrava a precisão ao encostar na bola. Foram ao menos quatro jogadas assim. Um somatório de todas as questões que resultaram no domínio do Ceará no jogo explica a jogada do gol.

Fernando Sobral recebeu com liberdade pelo meio e lançou Mugni nas costas de João Victor. O zagueiro afastou muito mal e o meia cruzou para Pedro Raul se antecipar a Lucas Freitas e marcar. Deu um ''chega pra lá'' na imprecisão que perdurava até aquele momento. O camisa 9 ainda receberia um belo e de Sobral dentro da área na sequência, mas não ou a Aylon e foi desarmado.

Após os 35 minutos, o Ceará recuou o bloco de marcação e o Vasco, enfim, pôde trocar es por mais tempo dentro do campo rival. Não conseguiu, no entanto, conectar as peças e furar a defesa anfitriã. Nuno Moreira e Garré buscaram flutuar dos lados para o meio, abrir agem aos laterais, mas a circulação de bola era truncada e os movimentos descoordenados.

Fabio Carille mexeu triplamente no intervalo. Paulinho, Garré e Nuno Moreira, todos com imensa dificuldade de jogar, deram lugar a Jair, Adson e Rayan. O time melhorou. O Ceará manteve uma postura parecida com a apresentada na reta final do 1º tempo. Menos agressiva na marcação, resguardando o próprio campo. O Cruzmaltino aproveitou com as novas peças em campo.

Rayan, desta vez pelo lado esquerdo, gerou profundidade ao time no setor. Jair foi muito mais participativo do que Paulinho. Defensivamente deu mais segurança também. Em mais um jogo apagado como titular, Payet saiu com dores no joelho antes dos 15 minutos. Alex Teixeira entrou. O Ceará perdeu o goleiro Bruno Ferreira com uma lesão no quadril. Fernando Miguel foi a campo.

O Ceará tentou encaixar contragolpes, mas tinha seus jogadores mais rápidos muito recuados ao recuperar a bola em bloco baixo. Lucas Piton, Rayan e Jair encaixaram chutes relativamente perigosos de média distância. Mesmo sem conseguir entrar tanto na área, o Vasco rondava e deixava a torcida local tensa.

Se mostrou menos dependente de cruzamentos forçados a Vegetti, algo que já ocorreu em outros jogos que se deparou com a mesma dificuldade. O zagueiro Willian Machado o neutralizava quando a bola era levantada ao centrovante. Léo Condé tirou Lucas Mugni e Aylon. Botou Matheus Araújo e Guilherme.

O ''sangue novo'' em campo foi o suficiente para aumentar novamente o poder de vitória em duelos do Ceará. Após ligação direta de Fernando Miguel, Galeano e Matheus Araújo controlaram a posse e o ponta tabelou com Fabiano Souza pela direita. Cruzou na segunda trave na sequência e viu o jovem Guilherme servir Pedro Raul na pequena área.

O centroavante não perdoou e se tornou o artilheiro do Brasileirão com quatro gols em quatro rodadas. Mal sabia que seria alcançado pelo companheiro de função em campo. Com dez minutos de acréscimos, o Vasco não desistiu de tentar diminuir o placar, e conseguiu. Vegetti enfim venceu um duelo aéreo contra a zaga cearense e cabeçeou entre Marllon e Willian Machado para marcar.

Rayan fez o cruzamento para o gol vascaíno e protagonizou algumas boas jogadas no ''abafa'' tentado nos minutos finais. Carille ainda botou o time mais a frente com a entrada de Jean David no lugar de Lucas Freitas, mas o 1º tempo paupérrimo custou muito caro.



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